"Ó Deus que mundo é esse, onde os loucos governam os cegos (Shakespeare)
As eleições no Brasil estão de mal a pior, obrigado. É cada vez nítido que a democracia representativa, não apenas no Brasil como no mundo em modo geral, passa por uma crise de identidade que poderá cedo ou tarde comprometer o seu futuro. A crise da representatividade é o reflexo da falta de legimidade dos políticos profissionais e a falta de perspectiva dos eleitores de transformar a sua realidade.
Os partidos políticos são instituições burocráticas que visam apenas a conquista do poder de estado e, são antidemocráticos em sua própria estrutura. Então cabe a seguinte pergunta: Por que votar? O voto obrigatório é democrático? Qual a razão da existência dos partidos políticos?
Infelizmente, a ideologia que sustenta a democracia burguesa afirma que o parlamento é um local de lutas e debates e que através do voto, o eleitor pode fazer a diferença, será mesmo? Essa foi a maior mentira criada para fortalecer a manutenção do sistema capitalista.
Primeiro, por que as grandes mudanças que existiram na sociedade no século XX, não foi por meio da atuação do parlamento, e sim das lutas praticados pelos setores marginalizados da sociedade como os operários, as mulheres, os negros que aos poucos foram cooptados e corrompidos para atuar no sistema parlamentar. Inicialmente, esses setores tiveram beneficios quando foram incorporados no sistema, no entanto, acabaram se transformando em orgãos burocráticos e desta forma, afastaram de qualquer perspectiva de transformação que antes caracterizavam esses movimentos. A burocratização contribuiu para a despolitização e imobilização da sociedade.
Segundo, o parlamento é local de poder de grupos minoritários onde a maioria não tem voz e nem vez, a não ser por meio do voto. Os partidos de "inspiração socialista" ainda tentam aumentar a participação popular criando instrumentos que a principio serviram para contrapor a democracia burguesa, mas que não passam de mecanismos para a sustentação do poder desses partidos. No momento em que os trabalhadores buscam alternativas autonômas, o "representantes populares" tentam de todas as formas frear esse tipo de atuação para não perderem a sua influência nos movimentos sociais.
Terceiro, o parlamento é antidemocrático por essência:
1) Para atuar no parlamento necessita de dinheiro e /ou de fama,
2) Todos os partidos políticos são altamente burocráticos e os setores populares para poder se representar necessitam aos orgãos que aparentemente os defendem como os sindicatos,
3) Há um forte lobby dos setores economicamente privilegiados que impedem a participação popular,
4) O sistema favorece a corrupção, que é a regra e não a exceção,
5) os representantes não representam os representados, representam os seus grupos que vão desde o empresariado até a burocracia sindical.
A única diferença de uma ditadura e uma democracia em uma sociedade capitalista é que a primeira a política se restringe apenas a classe dominante e, a segunda é restrita para as massas. Ou seja, a ditadura em uma sociedade capitalista surge quando há uma crise institucional que ameaça o poder da burguesia. A democracia representativa serve para atender algumas demandas de "grupos oprimidos" que são facilmente cooptados e corrompidos para a atuar no sistema parlamentar e, desta forma serve para impedir o desenvolvimento de ações autônomas por parte da classe trabalhadora.
No Brasil, as eleições estão polarizadas em dois partidos:
O PT, um partido social-democrata que realiza um governo neoliberal de esquerda, isto é, aumenta a participação do estado na economia, mas não para atacar as causas nefastas do neoliberalismo, mas atacar apenas diminuir os seus efeitos. De fato, existe uma forte "parceria" público-privado, que nada mais é que uma privatização camuflada. O lulismo se caracteriza pelos programas sociais que impulsionaram o mercado interno, o aumento do salário real do trabalhador em especial dos setores públicos por meio de uma política macroeconômica estremamente conservadora.
O PSDB, só tem o nome de social-democrata, é um partido fortemente ligado ao neoliberalismo que se diferença do lulismo apenas na forma de condução. Defende a privatização mais acelerada das empresas estatais, é a favoravel a diminuição da presença do estado da economia assim como a máquina pública e "o aparelhamento do estado", isto é, congelamento de salários dos servidores públicos, menos investimentos em saúde, educação e outros serviços públicos.
Diante dessa quadro, o que pode se esperar é que independentemente do governo eleito não haverá mudanças. Dilma representa a continuação do governo Lula, mas ainda não se sabe o que se esperar dela. É bem provável, que tentará manter a mesma forma de atuação do governo Lula, mas será que terá a mesma habilidade do antecessor? Será que a economia estará segura as crises econômicas? A interferência do estado na economia será suficiente para que elas sejam evitadas? Será que a parceria do setor público e privado na economia terá força?
Serra por outro lado, mesmo se for eleito, terá que manter o assistencialismo que impulsionou o mercado interno caso não queira ter problemas, mas será que ele vai seguir isso a risca? Será que ele terá forças suficientes para elaborar o programa de seu partido? Será que ele vai tentar reeditar o período FHC, já que na atual conjuntura, as políticas neoliberais mais "autênticas" representariam um retrocesso e que pode impulsionar uma grave crise econômica? E como será a sua relação com os servidores públicos?
E a candidata Marina Silva representa mudanças? É claro que não. Tão falso como o discurso ecológico "políticamente correto" e ilusório "como capitalismo ecológico" onde ONGs aventureiras que a apoiam estão de olho para ganhar dinheiro na Amazônia, na qual lutam-se pela criação de parques ecológicos para "diminuir" a devastação e "preservar" a Amazonas, ou seja, nada mais que operar uma privatização da floresta amazonas, adotando um discurso semelhante ao do ex-vice presidente dos Estados Unidos, Albert Al Gore. Todavia, tanto o PT quanto o PSDB apresentam o mesmo programa em relação a Amazônia. Como diria Raul Seixas, a Amazônia é o jardim do quintal dos gringos.
Essa é a cara das eleições e nem duvide que a qualquer momento o PT e o PSDB inimigos hoje possam ser aliados amanhã, ou mesmo não, afinal políticos são todos iguais só que uns são mais iguais que os outros.
As eleições no Brasil estão de mal a pior, obrigado. É cada vez nítido que a democracia representativa, não apenas no Brasil como no mundo em modo geral, passa por uma crise de identidade que poderá cedo ou tarde comprometer o seu futuro. A crise da representatividade é o reflexo da falta de legimidade dos políticos profissionais e a falta de perspectiva dos eleitores de transformar a sua realidade.
Os partidos políticos são instituições burocráticas que visam apenas a conquista do poder de estado e, são antidemocráticos em sua própria estrutura. Então cabe a seguinte pergunta: Por que votar? O voto obrigatório é democrático? Qual a razão da existência dos partidos políticos?
Infelizmente, a ideologia que sustenta a democracia burguesa afirma que o parlamento é um local de lutas e debates e que através do voto, o eleitor pode fazer a diferença, será mesmo? Essa foi a maior mentira criada para fortalecer a manutenção do sistema capitalista.
Primeiro, por que as grandes mudanças que existiram na sociedade no século XX, não foi por meio da atuação do parlamento, e sim das lutas praticados pelos setores marginalizados da sociedade como os operários, as mulheres, os negros que aos poucos foram cooptados e corrompidos para atuar no sistema parlamentar. Inicialmente, esses setores tiveram beneficios quando foram incorporados no sistema, no entanto, acabaram se transformando em orgãos burocráticos e desta forma, afastaram de qualquer perspectiva de transformação que antes caracterizavam esses movimentos. A burocratização contribuiu para a despolitização e imobilização da sociedade.
Segundo, o parlamento é local de poder de grupos minoritários onde a maioria não tem voz e nem vez, a não ser por meio do voto. Os partidos de "inspiração socialista" ainda tentam aumentar a participação popular criando instrumentos que a principio serviram para contrapor a democracia burguesa, mas que não passam de mecanismos para a sustentação do poder desses partidos. No momento em que os trabalhadores buscam alternativas autonômas, o "representantes populares" tentam de todas as formas frear esse tipo de atuação para não perderem a sua influência nos movimentos sociais.
Terceiro, o parlamento é antidemocrático por essência:
1) Para atuar no parlamento necessita de dinheiro e /ou de fama,
2) Todos os partidos políticos são altamente burocráticos e os setores populares para poder se representar necessitam aos orgãos que aparentemente os defendem como os sindicatos,
3) Há um forte lobby dos setores economicamente privilegiados que impedem a participação popular,
4) O sistema favorece a corrupção, que é a regra e não a exceção,
5) os representantes não representam os representados, representam os seus grupos que vão desde o empresariado até a burocracia sindical.
A única diferença de uma ditadura e uma democracia em uma sociedade capitalista é que a primeira a política se restringe apenas a classe dominante e, a segunda é restrita para as massas. Ou seja, a ditadura em uma sociedade capitalista surge quando há uma crise institucional que ameaça o poder da burguesia. A democracia representativa serve para atender algumas demandas de "grupos oprimidos" que são facilmente cooptados e corrompidos para a atuar no sistema parlamentar e, desta forma serve para impedir o desenvolvimento de ações autônomas por parte da classe trabalhadora.
No Brasil, as eleições estão polarizadas em dois partidos:
O PT, um partido social-democrata que realiza um governo neoliberal de esquerda, isto é, aumenta a participação do estado na economia, mas não para atacar as causas nefastas do neoliberalismo, mas atacar apenas diminuir os seus efeitos. De fato, existe uma forte "parceria" público-privado, que nada mais é que uma privatização camuflada. O lulismo se caracteriza pelos programas sociais que impulsionaram o mercado interno, o aumento do salário real do trabalhador em especial dos setores públicos por meio de uma política macroeconômica estremamente conservadora.
O PSDB, só tem o nome de social-democrata, é um partido fortemente ligado ao neoliberalismo que se diferença do lulismo apenas na forma de condução. Defende a privatização mais acelerada das empresas estatais, é a favoravel a diminuição da presença do estado da economia assim como a máquina pública e "o aparelhamento do estado", isto é, congelamento de salários dos servidores públicos, menos investimentos em saúde, educação e outros serviços públicos.
Diante dessa quadro, o que pode se esperar é que independentemente do governo eleito não haverá mudanças. Dilma representa a continuação do governo Lula, mas ainda não se sabe o que se esperar dela. É bem provável, que tentará manter a mesma forma de atuação do governo Lula, mas será que terá a mesma habilidade do antecessor? Será que a economia estará segura as crises econômicas? A interferência do estado na economia será suficiente para que elas sejam evitadas? Será que a parceria do setor público e privado na economia terá força?
Serra por outro lado, mesmo se for eleito, terá que manter o assistencialismo que impulsionou o mercado interno caso não queira ter problemas, mas será que ele vai seguir isso a risca? Será que ele terá forças suficientes para elaborar o programa de seu partido? Será que ele vai tentar reeditar o período FHC, já que na atual conjuntura, as políticas neoliberais mais "autênticas" representariam um retrocesso e que pode impulsionar uma grave crise econômica? E como será a sua relação com os servidores públicos?
E a candidata Marina Silva representa mudanças? É claro que não. Tão falso como o discurso ecológico "políticamente correto" e ilusório "como capitalismo ecológico" onde ONGs aventureiras que a apoiam estão de olho para ganhar dinheiro na Amazônia, na qual lutam-se pela criação de parques ecológicos para "diminuir" a devastação e "preservar" a Amazonas, ou seja, nada mais que operar uma privatização da floresta amazonas, adotando um discurso semelhante ao do ex-vice presidente dos Estados Unidos, Albert Al Gore. Todavia, tanto o PT quanto o PSDB apresentam o mesmo programa em relação a Amazônia. Como diria Raul Seixas, a Amazônia é o jardim do quintal dos gringos.
Essa é a cara das eleições e nem duvide que a qualquer momento o PT e o PSDB inimigos hoje possam ser aliados amanhã, ou mesmo não, afinal políticos são todos iguais só que uns são mais iguais que os outros.
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