Eleições, eleições tempo de ilusões, nada melhor para iniciar esse texto sobre um tema que é bastante discutido, mas que poucos conseguem enxergar o óbvio: a falácia da democracia representativa. A sua ineficiência é proposital a ideologia da representatividade, em que sustenta a tese da necessidade dos cidadãos elegerem individuos para cargos admistrativos que supostamente representariam em defesa dos seus interesses.
A democracia representativa surgiu durante a Revolução Francesa em 1789, a partir do momento, em que a burguesia para se defender da desobediência popular que recusou a pagar impostos, resolveu criar a Assembléia Constituinte, para defender os seus privilégios, fazendo-se como representante geral "do povo". Na Assembléia criou dois grupos: no lado direito estavam os representantes dos setores mais ricos e mais conservadores e do lado esquerdo estavam os representantes "mais populares" como os pequenos comerciantes, a pequena burguesia, os artesãos, os camponeses.
Daí que deu origem ao termo direita e esquerda, ainda hoje usados, para designar que, a primeira representa os interesses da elite e, a segunda representa os anseios populares. Há também o grupo do centro, que nada mais é do que uma direita disfarçada, que costura alianças de todas as formas, sendo estes classificados por cientistas políticos, como grupos fisiológicos, ou seja, mudam constantemente de posição para ter maior representatividade e que de certa forma "contaminam" a direita e sobretudo a esquerda. Essa última para ter estabilidade no governo necessita desse apoio e quanto mais ela cresce mais se aproxima do centro e, desta forma, acaba se convertendo ao grupo da ordem, afastando qualquer "probabilidade de governo popular".
A democracia representativa surgiu durante a Revolução Francesa em 1789, a partir do momento, em que a burguesia para se defender da desobediência popular que recusou a pagar impostos, resolveu criar a Assembléia Constituinte, para defender os seus privilégios, fazendo-se como representante geral "do povo". Na Assembléia criou dois grupos: no lado direito estavam os representantes dos setores mais ricos e mais conservadores e do lado esquerdo estavam os representantes "mais populares" como os pequenos comerciantes, a pequena burguesia, os artesãos, os camponeses.
Daí que deu origem ao termo direita e esquerda, ainda hoje usados, para designar que, a primeira representa os interesses da elite e, a segunda representa os anseios populares. Há também o grupo do centro, que nada mais é do que uma direita disfarçada, que costura alianças de todas as formas, sendo estes classificados por cientistas políticos, como grupos fisiológicos, ou seja, mudam constantemente de posição para ter maior representatividade e que de certa forma "contaminam" a direita e sobretudo a esquerda. Essa última para ter estabilidade no governo necessita desse apoio e quanto mais ela cresce mais se aproxima do centro e, desta forma, acaba se convertendo ao grupo da ordem, afastando qualquer "probabilidade de governo popular".
O desenvolvimento do capitalismo permitiu a abertura às organizações da classe trabalhadora no quadro institucional, que antes era reservada apenas a classe dominante. No entanto, a inserção das organizações populares teve um efeito paradoxo. Se por um lado garantiu mais força para o atendimento de seus interesses, por outro lado desenvolveu-se uma burocrácia que passou a auxiliar aos interesses da classe dominante, a medida que, estas se transformaram em instrumentos de manutenção da ordem capitalista, passando a defender interesses contraditórios como "a harmonização entre o capital e o trabalho" como é o caso dos sindicatos e os partidos políticos.
Em todas as partes do mundo, a democracia representativa sofre críticas por duas razões: primeiro porque a maioria dos representantes pertencem a classe social privilegiada e representam mais os interesses econômicos de seus grupos e, segundo é a pouca representatividade dos setores populares que não tem recursos suficientes para entrar no quadro institucional, a não ser através de organizações burocráticas como o sindicato e/ou grupos de "defesa de minorias".
O voto simplesmente é "uma armadilha dos tolos" como bem definiu o filósofo francês Jean Paul Sartre, pois ele se fundamenta na falta de capacidade e ignorância dos setores populares de se autogovernarem, sem a necessidade de intermediários, como é caso dos políticos profissionais, que na maioria das vezes atendem mais os interesses minoritários da classe dominante ou da burocracia partidária e/ou sindical.
A única opção para sair do marasmo eleitoral é a ação livre direta dos trabalhadores assalariados em organizações horizontais, e recusar a farsa da "democracia representativa" que não os representa para nada. O eleitor é transformado em mero votante idiota que delegará poder tanto a um espertinho ou a um imbecil e em raros casos de pessoas "bem intencionadas" que acabam se convertendo em um escravo do parlamento. Não existe soluções mágicas para superar isso, e nem adianta rezar a procura de "salvadores da pátria", que na maioria das vezes ficaram marcados na história como os maiores tiranos. Não adianta implorar por ditadura seja ela fascista ou bolchevista, que são por sua essência auto-destrutiva. Qualquer tipo de reforma na assembléia parlamentar que busque melhorar esse quadro, geralmente é insuficiente e ineficaz pelo simples fato de que a própria estutura interna dentro dos partidos são antidemocráticas onde prevalecem a vontade das lideranças partidárias.
A democracia representativa é um fiasco e antidemocrática por sua natureza. As pessoas poderão contra-argumentar, afirmando que na Europa e nos Estados Unidos esse modelo funciona. Será mesmo? Poucos se lembram que a riqueza dos países desenvolvidos são frutos de guerras, como as duas guerras mundiais, e de tentativas revolucionárias empreendidas pelos trabalhadores para superar o capitalismo. As classes dominantes tiveram que ceder os anéis para não perderem o dedo.
Para ilustrar esse quadro, atualmente, em torno de 30 a 50% dos cidadãos dos países desenvolvidos, não comparecem as urnas, já que o voto não é obrigatório, e votam apenas em situações bastante especiais, como foi o caso das eleições francesas em 2002, onde o fascista Jean Marie Le Pen, chegou no segundo turno e, que para afastar a hipótese dele chegar ao poder, a população compareceu em massa para votar no candidato conservador Jacque Chirac.
No Brasil, em razão das grandes desigualdades sociais, há uma tola ideia de que apenas por eleições esse quadro poderá ser mudado. Argumenta-se que o Brasil tem pouca experiência democrática e que é necessário anos e anos para colher os frutos de uma "democracia sólida". Além disso, insiste na tese da sociedade civil como uma forma se contrapor ao Estado para ser efetivada a democracia participativa, o que é bastante discutível, pois em geral, a sociedade civil aparece apenas em momentos de crise institucional, mas aos poucos perdem a sua força, em razão da atuação dos orgãos burocráticos que controlam as ações mais autônomas e autênticas, contribuindo dessa forma para despolitizar os cidadãos.
Como já afirmava o filosofo grego Aristóteles, o homem é um animal político, e nos dias de hoje, é governado por animais. A superação desse quadro, só será possível quando os homens compreenderem que são políticos, se não a política ficará nas mãos de um "grupo de iluminados" e uma ciência oculta que a maioria não compreende.
Em todas as partes do mundo, a democracia representativa sofre críticas por duas razões: primeiro porque a maioria dos representantes pertencem a classe social privilegiada e representam mais os interesses econômicos de seus grupos e, segundo é a pouca representatividade dos setores populares que não tem recursos suficientes para entrar no quadro institucional, a não ser através de organizações burocráticas como o sindicato e/ou grupos de "defesa de minorias".
O voto simplesmente é "uma armadilha dos tolos" como bem definiu o filósofo francês Jean Paul Sartre, pois ele se fundamenta na falta de capacidade e ignorância dos setores populares de se autogovernarem, sem a necessidade de intermediários, como é caso dos políticos profissionais, que na maioria das vezes atendem mais os interesses minoritários da classe dominante ou da burocracia partidária e/ou sindical.
A única opção para sair do marasmo eleitoral é a ação livre direta dos trabalhadores assalariados em organizações horizontais, e recusar a farsa da "democracia representativa" que não os representa para nada. O eleitor é transformado em mero votante idiota que delegará poder tanto a um espertinho ou a um imbecil e em raros casos de pessoas "bem intencionadas" que acabam se convertendo em um escravo do parlamento. Não existe soluções mágicas para superar isso, e nem adianta rezar a procura de "salvadores da pátria", que na maioria das vezes ficaram marcados na história como os maiores tiranos. Não adianta implorar por ditadura seja ela fascista ou bolchevista, que são por sua essência auto-destrutiva. Qualquer tipo de reforma na assembléia parlamentar que busque melhorar esse quadro, geralmente é insuficiente e ineficaz pelo simples fato de que a própria estutura interna dentro dos partidos são antidemocráticas onde prevalecem a vontade das lideranças partidárias.
A democracia representativa é um fiasco e antidemocrática por sua natureza. As pessoas poderão contra-argumentar, afirmando que na Europa e nos Estados Unidos esse modelo funciona. Será mesmo? Poucos se lembram que a riqueza dos países desenvolvidos são frutos de guerras, como as duas guerras mundiais, e de tentativas revolucionárias empreendidas pelos trabalhadores para superar o capitalismo. As classes dominantes tiveram que ceder os anéis para não perderem o dedo.
Para ilustrar esse quadro, atualmente, em torno de 30 a 50% dos cidadãos dos países desenvolvidos, não comparecem as urnas, já que o voto não é obrigatório, e votam apenas em situações bastante especiais, como foi o caso das eleições francesas em 2002, onde o fascista Jean Marie Le Pen, chegou no segundo turno e, que para afastar a hipótese dele chegar ao poder, a população compareceu em massa para votar no candidato conservador Jacque Chirac.
No Brasil, em razão das grandes desigualdades sociais, há uma tola ideia de que apenas por eleições esse quadro poderá ser mudado. Argumenta-se que o Brasil tem pouca experiência democrática e que é necessário anos e anos para colher os frutos de uma "democracia sólida". Além disso, insiste na tese da sociedade civil como uma forma se contrapor ao Estado para ser efetivada a democracia participativa, o que é bastante discutível, pois em geral, a sociedade civil aparece apenas em momentos de crise institucional, mas aos poucos perdem a sua força, em razão da atuação dos orgãos burocráticos que controlam as ações mais autônomas e autênticas, contribuindo dessa forma para despolitizar os cidadãos.
Como já afirmava o filosofo grego Aristóteles, o homem é um animal político, e nos dias de hoje, é governado por animais. A superação desse quadro, só será possível quando os homens compreenderem que são políticos, se não a política ficará nas mãos de um "grupo de iluminados" e uma ciência oculta que a maioria não compreende.
Simplesmente esclarecedor esse seu texto. Estou iniciando um movimento para fomentar a participação politica dos cidadãos da minha cidade, e esse texto é muito pertinente a situação que encontro aqui.
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